A horta e Alzheimer

Quando o ano passado, comecei a cultivar uma parte do terreno em casa dos meus pais, estava longe de imaginar que me iria entusiamar, e aumentar essa mesma horta em quantidade e em variedade.
Tudo começou como forma de tentar motivar a minha mãe(mulher fantástica, que adoro acima de tudo) e embrenhá-la em novas tarefas, que a ocupassem e distraissem.E isto porque 3,4 anos atrás tinha-lhe sido diagnosticada uma doença neurodegenerativa( Alzheimer), e desde aí começou uma procura por minha parte , dos meus irmãos e do meu pai, de saber mais sobre a doença, e como enfrentá-la. Sabemos que é uma doença irreversivel, e que lentamente, vai avançando até deixar as pessoas, quase em estado vegetativo. Uma das terapias, é tentar manter as pessoas ocupadas, usando as suas capacidades fisicas e intelectuais, o mais possivel, de forma a tentar atrasar a natural degeneração dessas mesmas capacidades. Foi isso que tentamos fazer, e por isso me dediquei à agricultura, em pequena escala, é certo, mas de forma a permitir à minha mãe estar ocupada em certas partes do dia, numa coisa que eu sei, lhe agrada, embora já há longos anos estivesse afastada destas pequenas lides.
Posso dizer-lhes, que é com enorme satisfação, que me ocupo destes trabalhos, na companhia da minha mãe.
Entretanto, e esta é a melhor parte, hoje em dia os médicos acham que houve um erro de diagnóstico em relação à minha mãe( o diagnóstico desta doença é dificil), pois não é normal pssados 4 anos pemanecer bem, sem sinais aparentes de evolução da doença,e que possivelmente alguns dos problemas e sintomas dela se deverão a uma má irrigação vascular cerebral, pois ela já teve três AVC´S, embora ligeiros.Óptimas noticias, portanto, mas nunca fiando, por isso continuamos com todos os cuidados.
O que é certo, é que comecei, e continuei essa pequena horta e da qual retiro dividendos, prazer e que me ocupa os tempos livres de forma mais agradável, do que a vegetar em frente à TV, ou a navegar na Net durante horas.
Futuramente, deixarei aqui fotos das minhas culturas.
Até breve.